Azazel é o demônio que os hebreus acreditavam ter domínio sobre os desertos, sobre os lugares onde Deus não agia, abandonados e selvagens.
Azazel é citado no Antigo testamento (levíticos, 16:8), quando se fala sobre a celebração do Yon Kippur, o Dia do Perdão. Nesse dia, eles pegavam dois bodes iguais, e jogavam a sorte: um, seria sacrificado no altar de Jeová, mas o outro seria libertado no deserto, carregando todos os pecados da comunidade, com uma etiqueta “para Azazel” amarrada nele. Esse era o “bode expiatório”, termo que usamos até hoje.
A etimologia do nome é obscura, o que é muito raro nos nomes judaicos, o que pode mostrar sua antiguidade. Existem diversas teorias sobre seu nome, mas eu não vou me ater a nenhuma em particular aqui já que nenhuma se sobresai como mais verdadeira.
No livro de Enoch, um dos textos apócrifos da Bíblia, Azazel é o anjo caído que ensina para a humanidade o feitio de coisas como armas e cosméticos, que não só levaram a humanidade ao pecado como macularam todo o plano divino. Toda a terra se tornou corrupta com os trabalhos que ele ensinou para a humanidade, por isso todos os pecados do Yon Kippur eram enviados para ele.
Assim sendo, Azazel é um dos grandes nomes do inferno, sendo um dos anjos caídos. Também foi um dos demônios que teve filhos com mulheres humanas. O Arcanjo Rafael o teria acorrentado em um buraco no deserto, em um monte que recebeu seu nome.
Azazel é o chefe dos Se'irin, os demônios bodes do deserto. É considerado o grande professor de guerra do Inferno, o grande organizador de exércitos.
Dentro do mito islâmico, Azazel é um dos Djins, os espíritos do fogo, que se recusou a adorar Adão e por isso, junto com seu gosto por donzelas humanas, foi expulso do Céu. Ele seria chamado de Eblis, “Desespero”.
No episódio 2.01, Im my time of dying, temos a primeira indicação de que o Demônio de Olhos Amarelos seria Azazel. Quando John Winchester invoca o demônio, ele usa o sigilo de Azazel.
Sigilo é uma “assinatura” mágica, usada para invocar e controlar demônios e seres sobrenaturais. Assim, quando John deseja invocar o demônio, ele usa o símbolo que representa seu nome. Mais sobre sigilos quando eu escrever sobre os episódios da segunda temporada...
Ainda assim, os habitantes de Elizabethville, assim como os de Sodoma e Gomorra, não precisaram de uma ajuda ativa dos demônios para se corromper. O prazer instigado pelos pecados já bastava: a corrupção natural dos seres humanos já fazia o serviço. Isso remete ao episódio 1.15, The Benders, onde os monstros são humanos, sem conecções com o sobrenatural. É interessante lembrar que mesmo entre monstros, nós mesmos ainda somos uma ameaça.



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